segunda-feira, 20 de julho de 2009

“..o lago, que actualmente não passa de um charco, vai ser transformado, dando lugar a um espelho de água."

Disse José Carlos Loureiro ao JN, o arquitecto responsável pelo projecto de remodelação do Palácio de Cristal e dos Jardins do Palácio de Cristal.

Desconstruindo a frase de notório tom depreciativo, demonstra-se a falta de conhecimento do arquitecto do meio natural (ou a imprecisão das palavras) assim como a intenção de menosprezar o existente lago.

Recorrendo à Ecologia Aquática encontramos as seguintes definições (simplificadas):

Charco - pequenas formações aquáticas de pequenas dimensões e de duração temporária.

Lago – formações aquáticas naturais de dimensão e profundidade muito variáveis e de duração permanente.

Logo por definição o que existe actualmente nos Jardins do Palácio de Cristal é um lago (artificial é certo) mas permanente e não um charco, como é afirmado pelo arquitecto.

Lago "pequeno" do Parque da Cidade do Porto. AAA

Lago do Palácio de Cristal do Porto. DR

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