quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Gripe A (H1N1): uma versão alternativa

Há poucos dias chegou-me por e mail este vídeo realizado pelo argentino Julián Alterini. De uma forma muito sucinta o vídeo centra-se em dois pontos fundamentais, no alarmismo dos números empolado e veiculado pelos média e, consequentemente, no benefício posterior da indústria farmacêutica ligada directamente ao nome de Donald Rumsfeld.

O vídeo é curto, vê-se bem e não mata ninguém.

«Operação pandemia»

sábado, 19 de setembro de 2009

“Casa Activa”: uma aposta da arquitectura sustentável

DR

Quero uma destas!

Imagine uma casa sem facturas de electricidade, mas com preocupações ecológicas. É isso que define o conceito da “Casa Activa”. A primeira localiza-se em Lystrup, na periferia da cidade dinamarquesa de Aarhus.

Clicar aqui para ver o vídeo da Euronews

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

"Corrida de Cão" [2008] - sugestão cultural

Uma curta-metragem filmada no Porto com um agradável toque de comédia



Sinopse:
O primeiro trabalho de Zé, uma Madame exigente, um hotel de luxo e um gerente bajulador. Um dia hilariante na pele de Zé e das personagens com quem ele se cruza.

Production/Produção: Escola das Artes UCP (Portugal 2008); Director/Realizador: António Conceição ; Run Time/Duração: 20m 00s; Genre/Género: Fiction

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Para os pequeninos não se queixarem - programas eleitorais parte II

Comissão Nacional de Eleições(CNE). Clicar para aumentar. DR

Depois do falascreve ter disponibilizado aqui os programas eleitorais dos principais partidos políticos que vão a votos dia 27 de Setembro, chega agora a vez dos pequeninos. Uns têm programas na internet, outros não; uns são completamente irrealistas, outros mais terra-a-terra; enfim há de tudo...

FEH – Frente Ecologia e Humanismo -programa (13 páginas) e website

MEP – Movimento Esperança Portugal – programa (68 páginas) e website

MMS – Movimento Mérito e Sociedade – programa (5 páginas) e website

MPT – Partido da Terra – programa (63 páginas) e website

PCTP/MRPP – Partido Comunista Dos Trabalhadores Portugueses - programa (22 páginas) e website

PND - Partido Nova Democracia – website

PNR – Partido Nacional Renovador – programa e website

POUS – Partido Operário de União Socialista - website

PPM – Partido Popular Monárquico -website

PPV - Portugal Pró Vida – website

PTP - Partido Trabalhista Português – website

1 minuto de tempo de antena para o PPM...começa a contar...agora!

Terá sido por causa deste vídeo para as europeias que o PPM (Partido Popular Monárquico) desapareceu das luzes da ribalta? Eu acho que não, volta Frederico Duarte Carvalho!!



Site do PPM aqui, vale a pena aceder...só para ver a intro...

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Semana Europeia da Mobilidade – Na cidade com o meu carro...

DR

Começa hoje dia 16 de Setembro e até dia 22 é celebrada a Semana Europeia da Mobilidade (European Mobility Week) em centenas de cidades aderentes por toda a Europa. Um dos pontos altos desta iniciativa ocorre dia 22, com a celebração do Dia Europeu Sem Carros (Car Free Day).

Semana Europeia da Mobilidade

Em 2009, na nona edição da Semana Europeia da Mobilidade são 1636 as cidades europeias que aderiram a esta iniciativa, só em Portugal contam-se 65 as cidades aderentes.

Esta iniciativa decorre da necessidade crescente de uma mobilidade sustentável praticada a larga escala nas cidades europeias. É uma semana de informação, de iniciativas, de educação, de sensibilização, de protesto, de exigência de infraestruturas e de alternativas.. e se possível gostaríamos que fosse também uma semana de mudança de mentalidades e de hábitos quotidianos, de mudança efectiva.

Desenvolvimento sustentável

Mas que significa isto de mobilidade sustentável? Numa sociedade onde o vocabulário corrente foi inundado, graças sobretudo aos senhores da publicidade, de termos como: “verde”, “bio”, “eco”, “orgânico”, “biológico”, “sustentável”, etc.. é normal que haja perda de sentido das palavras.

Em termos simples e gerais, o conceito de desenvolvimento sustentável significa uma coexistência equilibrada entre três valores: a economia, o ambiente e o social. Simplificando ainda mais: equilíbrio entre a Natureza, o Homem e o lucro.

O desenvolvimento sustentável, é um desenvolvimento económico e social que não põe em causa o bem-estar nem os recursos naturais das gerações actuais nem futuras. É conceito tão importante e tão simples que parece ter sido esquecido ao longo dos tempos, vítima do desenvolvimento acelerado das sociedades contemporâneas.

No entanto é um conceito que provavelmente não terá lugar no vocabulário de populações que ainda vivem em equilíbrio com a Natureza, mas que o aplicam de modo instintivo e natural, pois a sobrevivência dos seus filhos depende da qualidade e da quantidade dos recursos naturais que lhes são legados.

Mobilidade sustentável

Aplicando todo este palavreado ao conceito de mobilidade sustentável, resulta um conceito que assenta, a meu ver, em determinadas implicações tais como:

-o transporte público é sempre mais benéfico que o transporte individual;

-o transporte ferroviário (comboio e metro) é sempre mais benéfico que o transporte rodoviário (de combustão interna);

-o transporte aéreo é mais prejudicial ao ambiente que o transporte terrestre (rodoviário e ferroviário)

-andar a pé e o uso de veículos não motorizados, como a bicicleta, patins ou outras formas, são o modo mais amigo do ambiente de deslocamento dentro da cidade.

Mobilidade sustentável significa ainda que não é possível nem é benéfico para o bem-estar humano e para o bom funcionamento das cidades, que cada cidadão possuidor de automóvel próprio o use em todas as suas deslocações dentro do perímetro urbano.

Como benefícios de usar o transporte público e a bicicleta com meio privilegiado de transporte, poderia enunciar muitos como: a redução da despesa mensal em combustíveis e aparcamento; redução do stress visto não haver filas se usar por exemplo os sistemas ferroviários ou as bicicletas; melhor aproveitamento do tempo de viagem para ler ou simplesmente não fazer nada; redução dos congestionamentos de trânsito; melhorias para a saúde caso use a bicicleta ou vá a pé; e são tantos que poderia enumerar uns quantos mais. Deixo o convite ao leitor para experimentar por si próprio.

Ora bem. Depois de dito tudo isto, se o leitor ainda não tiver desistido por falta de tempo ou de paciência, continuo.

O curioso caso da cidade do Porto

Os portuenses são uns felizardos. O Porto aderiu à Semana Europeia da Mobilidade, não tinha reparado? Então veja aqui o programa de festas retirado do site da União Europeia dedicada a esta iniciativa. Veja com muita atenção.

Semana Europeia da mobilidade “Melhoremos o Ambiente na Cidade”

Programa Provisório

16 Setembro (quarta-feira)
• Divulgação do programa pelos órgãos de comunicação (press-release, mailing lists e noticia no site da CMP)
• Lançamento do inquérito interno à mobilidade dos funcionários da CMP

17 Setembro (quinta-feira)
• Conferência de Imprensa com o Sr. Presidente/Sr. Vereador a anunciar o programa da semana Europeia da mobilidade
• Entrega do Prémio Europeu da Mobilidade
• Apresentação do projecto Mobi E
• Apresentação do projecto da nova ciclovia

Dia da Intermodalidade
18 Setembro (sexta-feira)
• Distribuição de títulos de Viagens (com monitorização do uso dos bilhetes) nas entradas rodoviárias da cidade

Dia Civitas
19 Setembro (Sábado)
• Passeio Pedestre ao longo da marginal.

Dia da Intermodalidade
21 Setembro (segunda-feira)
• Apresentação dos resultados inquérito à mobilidade aos funcionários da CMP.

Dia da Segurança Rodoviária
22 Setembro (terça-feira)
• Escolinha de Trânsito
(Aulas do ensino básico iniciam entre 9 a 15 de Setembro)
Acção paralela

16 a 22 Setembro

• Distribuição de informação e brindes alusivos ao projecto Civitas-Elan em vários locais da cidade em bancas montadas para o efeito.

Leu com atenção? Viu o que vai acontecer? Sim está correcto! Basicamente nada! Vão fazer umas conferências, apresentar uns projectos (que até vêm a calhar para as eleições autárquicas que se avizinham), distribuir viagens grátis (é muito provável que distribuam a pessoas que já usam os transportes públicos), dá-se um passeiozito na marginal da Foz para a comunicação social ver e pronto, será isto a Semana Europeia da Mobilidade no Porto. Para fazer isto até escusavam de esperar por esta semana em especial.

É óbvio que no dia 22 de Setembro que é o Dia Europeu Sem Carros, tal como o nome indica e penso que é bastante sugestivo por si só; deveria haver um corte selectivo ao transito automóvel, permitindo apenas a circulação de transportes públicos, táxis e claro está os veículos não poluentes e formas alternativas de transporte.

No Porto não se fará nada disto, cá não há desses cortes de trânsito mariquinhas, aqui queremos assinalar o Dia Europeu Sem Carros com o Centro Histórico da UNESCO apinhado de carros, assim é que é.

O Porto tem mesmo uma paixão por automóveis, desde as desastrosas Corridas de Automóveis, aos stands improvisados em passeios públicos onde o uso por ciclistas e patinadores é comum, como o que o se pode ver na fotografia, curiosamente tirada hoje dia 16 em frente ao Centro Comercial da Foz.

Não tenho nada contra o negócio desta empresa, mas acho que cada coisa no seu lugar, existem lugares de lazer e outros de negócios. É certo que a marginal é um local apetecível para fazer negócios, devido ao número de pessoas que frequentam essa zona. Mas frequentam para lazer e passeio "saudável"e não para passeio e compras como se faz dentro em centros comerciais.

Sugiro também o vídeo que se encontra após as fotos.

Assim não vamos lá.....

AAA. Na Foz em frente ao molhe.

European Mobility Week 2007

terça-feira, 15 de setembro de 2009

O Movimento Mérito e Sociedade (MMS) quer a suspensão das eleições legislativas

DR

De acordo com o jornal Público de hoje, o MMS apresentou uma providência cautelar no Supremo Tribunal Administrativo com o objectivo de suspender as eleições do próximo dia 27 de Setembro.

O MMS alega que não é dado um tratamento igual a todas as candidaturas às próximas legislativas por parte da Comunicação Social e afirma que a Constituição não está a ser cumprida em vários artigos sobre a “Igualdade de oportunidades e de tratamento das diversas candidaturas” e "Imparcialidade das entidades públicas perante as candidaturas".

É um facto que são 15 as candidaturas que vão a votos nas próximas eleições e na comunicação social só são noticiados os partidos principais.

Nas eleições Europeias deste ano, lembro que os partidos “pequenos” tiveram mais exposição mediática, onde integraram por exemplo, as entrevistas realizadas no Jornal 2 a todos os partidos políticos candidatos às Europeias.

A propósito deste tema, o programa da RTP 1 “Prós e Contras” de 14 de Setembro, recebeu os líderes dos 10 partidos pequenos. Se quiser ver o programa: parte I; parte II.

domingo, 13 de setembro de 2009

"El AVE enfrenta a los dos principales candidatos a las legislativas en Portugal", EL PAÍS.


DR

O debate de ontem entre José Sócrates e Manuela Ferreira Leite não passou despercebido aos espanhóis, sobretudo quando estes são acusados públicamente de interferirem na política portuguesa, tal como afirmou a líder do PSD.

Ler a notícia do El País aqui

José Sócrates vs. Manuela Ferreira Leite

DR

O décimo debate televisivo das eleições legislativas de 2009, que opôs o candidato socialista José Sócrates e a social-democrata Manuela Ferreira Leite, foi marcado pela falta de esclarecimento de propostas governativas de ambas as partes.

60 minutos a "encher chouriços"


O debate que opôs os dois candidatos favoritos ao cargo de Primeiro-ministro de Portugal foi o mais longo de todos, contando com mais 15 minutos que os restantes. Infelizmente, acréscimo de tempo não é sinómino de acréscimo de conteúdo.

Tenho de partilhar que notei algo de muito errado neste debate. Foi "encher chouriços" durante 60 minutos no que toca na apresentação de propostas a pôr em prática na próxima legislatura. Passso a explicar: é impressão minha ou durante todo o debate, Sócrates nunca e sublinho o nunca, enunciou uma única medida que se propusesse a cumprir na próxima legislatura na eventualidade da vitória do partido socialista. Um facto verdadeiramente notável tendo em conta os protagonistas e a natureza do debate.

José Sócrates sempre com os olhos no passado

José Sócrates esteve de facto muito mal em todo o debate, ou então tenho de aceitar que Sócrates é mesmo assim.
Revelou mais uma vez que é um político que aceita muito mal a crítica, dizendo mais do que uma vez "não sei do que está a falar", quando o tema não lhe era conveniente. Durante todo o debate insistiu doentiamente em repetir e inúmerar, como uma cassete antiga o que no seu entendimento foram os grandes feitos do seu mandato.

Aliás Sócrates nestes debates ao vivo é verdadeiramente irritante, tentando constantemente detorpar as propostas do adversário político, interpelando com comentários e por vezes com expressões faciais que parecem autênticas caretas. Consegue por vezes tirar interpretações abusivas e sem nexo das palavras de Manuela Ferreira Leite. Tenho no entanto que admitir que o líder do PS neste debate conseguir controlar-se num aspecto: não se vitimizou demasiado, como já é habitual.

Considero uma falta coerência que Sócrates tente passar a imagem de querer a modernidade do país e de ter os olhos postos no futuro, quando depois sai-lhe tudo furado nestes debates. Acaba por bater na mesmo tecla falando só do passado e nunca do que efectivamente propõe para o país.

A Sra. Dra. Ferreira Leite

A candidata social-democrata, por outro lado, resistiu bem às tentativas efectuadas pelo "sr. engenheiro" de ser atraída para o tipo de debate que Sócrates queria: uma inumeração constante das medidas tomadas pelo governo socialista com um discurso sempre acompanhado das palavras "mais, mais e mais", assim como passar a imagem de que o programa social-democrata é pobre em ideias.

Sócrates, que curiosamente tinha à sua frente um exemplar do programa eleitoral do PSD mostrou-o várias vezes. Fez mais publicidade do programa eleitoral do seu adversário político do que do seu. Alguém entende isto?

Dia 27 é que se decide

Bem, os debates acabaram. Para algo devem ter servido, cada qual saberá extrair o que de bom e de mau saíu de cada debate.
O sentimento generalizado de que vem mais do mesmo é compreensível, tendo em conta a qualidade de governos e de governantes que têm desfilado na cena política portuguesa.
Uma coisa é importante: votar. Esse é um dos passos necessários para que venha mais de outras coisas. Não existe só PS e PSD, existem outras alternativas que nunca foram governo. E não foram governo porque assim foi decidido democraticamente. Assim o é na democracia. O que é realmente importante é ter noção que o próximo governo será eleito por quem se dirigir às urnas, quem ficar em casa não conta. Numa sociedade democrática num momento de eleições, é como não existissem, como se a população portuguesa fosse subitamente amputada em centenas de milhares de cidadãos.

Que bom deve ser para essas pessoas ficar em casa a pensar que o voto delas não conta, ou que não há ninguém merecedor do seu voto e depois andarem a pagar impostos em excesso; a não terem financiamento para criar uma empresa quando o espírito empreendedor bate à porta; a queixarem-se que gastam todos os anos 200 euros por filho em manuais escolares; ou 1000 euros por ano em propinas numa universidade pública, ou que pagam num sistema de saúde público que tendencialmente deveria ser gratuíto e universal tal como consta na Constituição, ou que o patrão os despediu..

Na realidade não votarei em José Sócrates nem em Ferreira Leite, porque penso que o voto não deverá ser decidido nem condicionado num presuposto base de que um dos dois será o vitorioso e como tal, mais vale esquecer os outros partidos. O voto deverá ser guiado e baseado nas políticas que cada partido propõe executar e no carácter dos seus dirigentes. Ninguém se assuste com o tema da governabilidade, nem ninguém acredite que é vital uma maioria absoluta. O sistema político português não está feito a pensar em maiorias, mas sim na sobrevivência de um sistema que promova o confronto de diversidade de ideias de várias ideologias políticas.


Vídeo integral do debate entre José Sócrates e Manuela Ferreira Leite


Pode ainda visualizar qualquer um dos restantes 9 debates aqui assim como a série de reportagens da SIC "Os Candidatos Como Nunca Os Viu".

sábado, 12 de setembro de 2009

Eleições legislativas 2009 – os programas eleitorais

DR

No dia 27 de Setembro os portugueses são chamados às urnas para elegerem o XVIII Governo Constitucional da República Portuguesa. Não votarão somente num Primeiro-ministro, mas também na eleição dos 230 deputados que constituem a Assembleia da República.

A 15 dias das eleições, disponibizo os programas eleitorais dos principais partidos políticos portugueses:

BE - 110 páginas

CDS
- 222 páginas

CDU
- 52 páginas

PS - 130 páginas

PSD - 39 páginas

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

"Visca Catalunya!! Diada Nacional de Catalunya" - 11 de Setembro

Antoni Estruch. L'Onze de Setembre de 1714. DR

Em 1980 foi decidido que a 11 de Setembro de cada ano seria celebrado na região autónoma da Catalunha, o Dia Nacional da Catalunha, a denominada Diada. É uma data alusiva, que comemora não uma vitória, mas sim uma derrota, a caída de Barcelona.

Um resumo da história (muito) complicada

A 11 de Setembro de 1714, durante a Guerra da Sucessão Espanhola (1711-1714/15), Barcelona cai nas mãos das tropas do exército invasor espanhol do rei Filipe V de Borbón, após vários meses de cerco (25 de Julho de 1713 a 11 de Setembro de 1714).

A Catalunha até então era uma nação soberana, a caída de Barcelona significou na prática a perda de independência e uma perda de indentidade nacional.

Só em 1932 com um Estatuto de Automonia é que a comunidade catalã recuperou parte das automonias que dispunha anteriormente.

No entanto, tudo mudou com o duro regime do ditador General Franco que reprimiu fortemente a identidade catalã. Durante a ditadura morreram milhares de catalães, incluindo o Presidente do Governo da Catalunha da altura, Lluís Companys, fuzilado no emblemático Castelo de Montjuic. A língua catalã foi proibida, assim como todas as formas de expressão cultural.

Em 1979 foi aprovado um novo Estatudo de Automonia da Catalunha, lançando as bases para a formação de um Governo próprio.

Actualmente a Catalunha dispõe de símbolos próprios, os símbolos da nação: uma bandeira, um dia nacional (11 de Setembro) e um hino nacional.

Na Diada, os grupos que ainda lutam por uma independência total de Espanha aproveitam esta data para reindivicar as suas convicções.

Os catalães são um povo muito orgulhoso da sua identidade, que tantos atentados teve de suportar. Portugal quando pedeu a independência para Espanha entre 1580 e 1640, não teve a língua e a cultura portuguesa amordaçada nem o castelhano imposto. Portanto não é de estranhar que os catalães actualmente façam um grande esforço para preservar a sua língua e cultura, que fazem parte da sua identidade e história como catalães.

Visca Catalunya! (viva a Catalunha)

Bandeira catalã. DR

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Recolha de assinaturas para referendar as construções no Palácio de Cristal do Porto

AAA

O Movimento em Defesa dos Jardins do Palácio está a promover uma recolha de assinaturas que visa a realização de um referendo local sobre a construção de novos edifícios nos Jardins do Palácio de Cristal do Porto.

A recolha de assinaturas

Se não estou em erro, o próximo objectivo deste movimento de cidadãos é entregar no Tribunal Constitucional uma petição com um mínimo de 5.000 assinaturas de cidadãos recenseados no Porto. De notar que este tribunal terá que aprovar a petição e só depois será levada a votação na Assembleia Municipal.

O Movimento em Defesa dos Jardins do Palácio de Cristal é um forte oponente ao projecto de uma parceria público-privada que pretende reabilitar o Pavilhão Rosa Mota mas também construir novos edifícios nos Jardins do Palácio de Cristal, implicando entre outros: o abate de algumas árvores; a substituição do actual lago por um espelho de água; a descaracterização de parte dos Jardins; um negócio duvidoso para a Câmara Municipal do Porto.

Com a recolha de assinaturas o Movimento quer também ganhar mais notoriedade, assim como informar e alertar os cidadãos do Porto, que na maioria ainda não sabe da existência da ameaça que paira sobre o lago e parte dos Jardins do Palácio de Cristal.

Para mais informações sobre esta recolha de assinaturas consultar este site. Para informações relativas ao projecto público privado consultar as etiquetas do falascreve: Jardins do Palácio de Cristal; todo o projecto disponível aqui.

É possível contribuir com a sua assinatura nestes locais:

-3ª feiras das 16h às 18 em frente ao café Majestic na rua Santa Catarina

-Sábados das 11h às 15h em frente ao café Majestic na rua Santa Catarina

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Deve ser época de saldos na Câmara Municipal do Porto

O Edifício Transparente está à venda. AAA

A Câmara Municipal do Porto (CMP), anuncia no seu site, que em Setembro de 2009 irá proceder à venda de diversos imóveis, entre os quais o Edifício Transparente.

Se por acaso tiver uns trocos a mais, digamos uns 3.275.000 euros, poderá tentar comprar o emblemático Edifício Transparente, da autoria do arquitecto catalão Solà-Morales.

Bússola Eleitoral, saiba o seu posicionamento político

DR
Para iniciar clique aqui

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Grande Entrevista a José Sócrates

DR

Grande Entrevista na RTP a José Sócrates, antes do início da ronda de debates entre os principais candidatos às eleições legislativas

Diga-se de passagem que foi uma entrevista muito fraca, na medida em que não foram colocadas questões muito relevantes e não foram abordados temas essenciais. Mas dessas coisas não vale a pena falar, o importante foi Sócrates fazer boa figura e passar a mensagem que está tudo bem e tudo sob controle.

Ver a entrevista aqui

Calendário dos debates das legislativas

DR

Aqui ficam as datas dos debates televisivos entre os líderes dos principais partidos políticos portugueses

02 Setembro: José Sócrates - Paulo Portas (TVI)

03 Setembro: Francisco Louçã - Jerónimo de Sousa (SIC)

05 Setembro: José Sócrates - Jerónimo de Sousa (RTP)

06 Setembro: Francisco Louçã - Ferreira Leite (TVI)

07 Setembro: Paulo Portas - Jerónimo de Sousa (SIC)

08 Setembro: José Sócrates - Francisco Louçã (RTP)

09 Setembro: Ferreira Leite - Jerónimo de Sousa (TVI)

10 Setembro: Paulo Portas - Ferreira Leite (RTP)

11 Setembro: Paulo Portas - Francisco Louçã (RTP)

12 Setembro: José Sócrates - Manuela Ferreira Leite (SIC)

Os processos (pouco) democráticos e o Tratado de Lisboa (ou Constituição Europeia)

DR

O referendo irlandês: 1º tentativa

“Não”, foi o que disseram a 12 de Junho de 2008 53.4% dos votantes irlandeses contra os 46.6% que votaram “sim”. Como é exigida a ratificação unânime de todos os Estados-membros, o resultado do referendo irlandês impediu a entrada em vigor do Tratado de Lisboa.
Foi uma chatice para os dirigentes europeus, mas a democracia é assim…

De facto, a Irlanda foi o único Estado-membro que levou este tema a referendo nacional, por obrigação da sua própria Constituição. Os restantes 26 países europeus optaram (leia-se os seus dirigentes políticos), por ratificar o Tratado de Lisboa por voto parlamentar (no caso português por aprovação na Assembleia da República) a fim de evitar “problemas” como os que podem surgir em referendos nacionais. Imagine-se só o estranho caso onde cidadãos através de referendo decidem democraticamente contrariamente ao desejo dos seus governantes.
Isto de dar voz ao povo pode ser mesmo uma chatice...

O referendo irlandês: 2º tentativa

DR

Numa atitude de acordo com os mais elevados valores democráticos, foi decidido que os irlandeses não estavam a pensar muito bem quando foram a referendo, aquela vitória do “não” foi vista como talvez como uma joke irlandesa, para não ser levada a sério. Foi dito aos irlandeses que seriam contemplados com uma nova oportunidade de voto, um novo referendo. E desta vez seria explicado com muito detalhe e energia que a cruz era para assinalar no “yes”.

Sendo assim, no próximo dia 2 de Outubro os irlandeses serão chamados de novo às urnas para se pronunciarem se são favoráveis ou desfavoráveis à adopção do Tratado de Lisboa. E desta vez todos os esforços estão a ser feitos para fazer mudar a opinião de quem votou desfavoravelmente no último referendo, senão veja-se: a empresa Ryanair vai gastar 500 mil euros numa campanha a favor do “sim”. Recentemente a gigante Intel tinha já anunciado um investimento de centenas de milhar de euros numa campanha semelhante.

Desta vez não pode mesmo falhar, mas se falhar se calhar até se faz outro referendo. Ou então alteram-se as regras do jogo para que não seja necessária a unanimidade dos Estados-membros.

Mas voltando um pouco atrás no tempo… convém relembrar para quem sabe e está esquecido e informar quem não sabe e passará agora a saber, que o actual Tratado de Lisboa é basicamente o mesmo documento que a Constituição Europeia. Foi quase como mudar a capa de um livro, retirar a temível palavra “Constituição” e alterar ligeiramente o seu conteúdo. A estratégia adoptada não é nova, tal como no caso do referendo dos irlandeses, se não é à primeira, tem de ser à segunda!

1ª tentativa: A Constituição Europeia

DR

A chamada de alerta dos políticos de que seria de evitar a consulta popular, proveio do “fracasso” dos referendos nacionais que se realizaram em 2005 na França e Holanda sobre a Constituição Europeia, com a vitória do “não”. Ficou deste modo completamente inviabilizada a ratificação da Constituição Europeia.

2ª tentativa: O Tratado de Lisboa

O Tratado de Lisboa é um documento que teve a sua génese no fracasso da Constituição Europeia. É de facto nas suas linhas gerais o mesmo documento. Confesso que não li nenhum dos dois documentos na íntegra, portanto não afirmo a sua semelhança em primeira pessoa. As semelhanças que afirmo partilharem os dois documentos é fruto de algumas leituras que se encontram facilmente na internet sobre este tema, de quem efectivamente analisou o conteúdo dos dois documentos e seus objectivos.

A não leitura destes dois documentos constitui por si só um sintoma preocupante mas muito comum no contexto da sociedade europeia. Para pôr em termos simples: são grandes e complicados. Acrescente-se a falta de campanhas de informação e de descodificação por parte dos governos. Simplesmente ninguém lê estes documentos, ninguém os explica, mas toda a gente diz que é bom e que é para aprovar!

Mas então que significa conduzir estes processos tão importantes desta maneira? Significa que ninguém sabe de nada! Desconhece-se os seus objectivos, metodologias e implicações. Bastaria um simples inquérito de rua sobre o conhecimento que a população em geral detém sobre este assunto e muito facilmente se verificaria que a maioria sabe tanto do Tratado de Lisboa ou da “antiga” Constituição Europeia como eu sei sobre os hábitos reprodutivos da mosca da fruta.

Convém ressaltar que fruto dos referendos, os nossos vizinhos irlandeses além do privilégio de se poderem pronunciar, serão provavelmente os mais informados informados acerca deste tema.