Segundo noticia o Expresso, foi anunciado que 21 cidades portuguesas aderiram ao Programa para a Mobilidade Eléctrica, sendo previsto que existam cerca de 320 locais de abastecimento de carros eléctricos em 2010 e em 1300 dentro de dois anos.
Carro eléctrico em Portugal
Recentemente a impressa tem publicado algumas notícias relacionadas com a introdução do carro eléctrico na sociedade portuguesa, ainda dominada por uma economia assente e dependente do bem escasso que é o petróleo.
Está previsto que os carros eléctricos beneficiem de isenção do Imposto Sobre Veículos e Imposto Único de Circulação, deduções fiscais na aquisição de veículos eléctricos e incentivos de abate de veículos em fim de vida quando estes sejam trocados por um eléctrico.
Muito mais pode ser feito
Aparentemente são boas notícias, mas ainda falta muito por fazer em matéria de mobilidade urbana em Portugal e em políticas de transporte de passageiros. Gostava que estas 21 cidades criassem planos e estudassem a viabilidade de sistemas urbanos de transporte mais sustentáveis, em vez de recorrer a veículos individuais. Quero com isto dizer que o português médio tem enraizado culturalmente a ideia que tem de se deslocar em veículo próprio, seja de combustão interna ou eléctrico.
As cidades simplesmente não têm espaço para tantos carros, quem fica prejudicado são todos os cidadãos, que se vêm privados de viver em cidades que não estejam entupidas por carros, carros em toda a parte, nas estradas, nos passeios, nas praças…
É necessário melhorar os sistemas de transportes públicos, autocarros, eléctricos modernos, metro, troleicarros, partilha de veículos, comboios urbanos e suburbanos.
Várias cidades europeias e da América do sul, estão actualmente a implementar sistemas colectivos de uso de bicicletas, como é o sucesso do Bicing em Barcelona, ou o Vélib em Paris, para já não falar de países como os Países Baixos, a Suécia ou a Alemanha que têm uma verdadeira paixão pelo uso da bicicleta como transporte dentro da cidade.
É preciso portanto investir. Investir em formação, em mudar mentalidades, mostrar exemplos de sucesso, construir ciclovias seguras que tenham em vista rotas inteligentes e não apenas de cariz lúdico. É necessário também dificultar o acesso de carros ao centro das cidades. Muitas das maiores cidades europeias têm os seus centros vedados à circulação automóvel, com as devidas excepções para moradores, táxis e transportes públicos.
História com final pouco feliz
A história do carro eléctrico tem sido trágica desde o momento da sua invenção. Devido aos grandes lobbies das petrolíferas, a tecnologia nunca teve o investimento nem a atenção merecida. É uma tecnologia vista como uma ameaça aos interesses das empresas petrolíferas. Os veículos eléctricos têm enormes e claras vantagens sobre os automóveis de combustão interna e inclusive em relação aos veículos a hidrogénio.
O documentário “Who Killed The Electric Car?” aborda precisamente este tema. Mostra como a construtora americana General Motors, desenvolveu e produziu um carro eléctrico perfeitamente funcional e como a mesma produtora preferiu destruir todos (centenas!) os carros que produziu e a tecnologia de baterias, do que comercializar e continuar o aperfeiçoamento.
Documentário disponível no YouTube dividido em duas partes, não legendado.
Parte I
Carro eléctrico em Portugal
Recentemente a impressa tem publicado algumas notícias relacionadas com a introdução do carro eléctrico na sociedade portuguesa, ainda dominada por uma economia assente e dependente do bem escasso que é o petróleo.
Está previsto que os carros eléctricos beneficiem de isenção do Imposto Sobre Veículos e Imposto Único de Circulação, deduções fiscais na aquisição de veículos eléctricos e incentivos de abate de veículos em fim de vida quando estes sejam trocados por um eléctrico.
Muito mais pode ser feito
Aparentemente são boas notícias, mas ainda falta muito por fazer em matéria de mobilidade urbana em Portugal e em políticas de transporte de passageiros. Gostava que estas 21 cidades criassem planos e estudassem a viabilidade de sistemas urbanos de transporte mais sustentáveis, em vez de recorrer a veículos individuais. Quero com isto dizer que o português médio tem enraizado culturalmente a ideia que tem de se deslocar em veículo próprio, seja de combustão interna ou eléctrico.
As cidades simplesmente não têm espaço para tantos carros, quem fica prejudicado são todos os cidadãos, que se vêm privados de viver em cidades que não estejam entupidas por carros, carros em toda a parte, nas estradas, nos passeios, nas praças…
É necessário melhorar os sistemas de transportes públicos, autocarros, eléctricos modernos, metro, troleicarros, partilha de veículos, comboios urbanos e suburbanos.
Várias cidades europeias e da América do sul, estão actualmente a implementar sistemas colectivos de uso de bicicletas, como é o sucesso do Bicing em Barcelona, ou o Vélib em Paris, para já não falar de países como os Países Baixos, a Suécia ou a Alemanha que têm uma verdadeira paixão pelo uso da bicicleta como transporte dentro da cidade.
É preciso portanto investir. Investir em formação, em mudar mentalidades, mostrar exemplos de sucesso, construir ciclovias seguras que tenham em vista rotas inteligentes e não apenas de cariz lúdico. É necessário também dificultar o acesso de carros ao centro das cidades. Muitas das maiores cidades europeias têm os seus centros vedados à circulação automóvel, com as devidas excepções para moradores, táxis e transportes públicos.
História com final pouco feliz
A história do carro eléctrico tem sido trágica desde o momento da sua invenção. Devido aos grandes lobbies das petrolíferas, a tecnologia nunca teve o investimento nem a atenção merecida. É uma tecnologia vista como uma ameaça aos interesses das empresas petrolíferas. Os veículos eléctricos têm enormes e claras vantagens sobre os automóveis de combustão interna e inclusive em relação aos veículos a hidrogénio.
O documentário “Who Killed The Electric Car?” aborda precisamente este tema. Mostra como a construtora americana General Motors, desenvolveu e produziu um carro eléctrico perfeitamente funcional e como a mesma produtora preferiu destruir todos (centenas!) os carros que produziu e a tecnologia de baterias, do que comercializar e continuar o aperfeiçoamento.
Documentário disponível no YouTube dividido em duas partes, não legendado.
Parte I
Parte II
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