As razões da manifestação.
Informação, não ao acorrentamento.
Direito de saber, direito de informar
Projectos de lei que acorrentam. Fortes acções em tribunal. Afrontas públicas diárias por parte dos poderosos começando pelo Primeiro-ministro [Berlusconi], contra jornais e jornalistas considerados incómodos. Uma ameaça total para quem trabalha com informação. Um ataque ao direito dos italianos e italianas de conheçer os acontecimentos importantes.
O alarme é imenso por todo o país. Não é a primeira vez que foi necessária uma mobilização contra o governo, incluso contra governos distintos do actual. Hoje em dia estamos em perigo, com ataques sem precedentes.
Os jornalistas não se deixarão amordaçar. Apelamos ao mundo do jornalismo e à sociedade civil para evitar este perigo. A informação é o pilar da democracia e o dever de informar não serve quem está no poder.
A Associação Nacional de Imprensa Italiana considera que cada ferida causada nos meios de comunicação afecta as liberdades de todos. Por esta razão a Associação Nacional de Imprensa Italiana apela a todas as forças sociais, sindicais, associativas e a todos os cidadãos sem distinção partidária que participem nesta iniciativa em Roma.
Defenderemos os princípios e valores do artigo 21 da Constituição e protegeremos o direito imprescindível de cada cidadão a uma informação livre, completa e plural. Uma informação sem qualquer tipo de mordaça.
Associação Nacional de Imprensa Italiana.
Tradução de AAA.
Estas foram as razões apontadas pela Associação Nacional de Imprensa Italiana para convocar a manifestação que teve lugar hoje em Roma. Mais de 100.000 pessoas responderam ao apelo. Um multidão de gente encheu a Piazza del Popolo, entre os quais o escritor italiano Roberto Saviano, que desde a publicação do livro Gomorra tem a cabeça a prémio pela máfia napolitana.
Berlusconi é o grande visado desta manifestação. Vejamos algumas das razões: accionou uma acção legal contra o jornal diário Republica por ter publicado artigos que denunciaram o envolvimento do Primeiro-ministro italiano com prostitutas e usos de cocaína; accionou acções legais contra o diário L'Unità pela publicação de artigos que o relacionam com prostitutas; Berlusconi é proprietário do grupo editorial Mediaset que controla os canais televisivos Rete4, Canale 5 e Italia 1. O canal público Rai acaba também por estar teoricamente sob influência do governo, porque este pode eleger os directores da Rai. Dito isto é óbvio que os riscos para a informação livre são enormes.
Ora este assunto não é alheio aos portugueses. Actualmente vivemos episódios com contornos duvidosos. Claro que em Portugal nada disto interessa a ninguém, quer dizer durante uns dias até se fala disso nas notícias e até chega a ser conversa de café. Mas a verdade é que ninguém leva a sério estes assuntos, muito menos ninguém sai para a rua massivamente como os italianos o fizeram.
Cá, cada qual sabe de si e não quer é ter muitas chatiçes.
Informação, não ao acorrentamento.
Direito de saber, direito de informar
Projectos de lei que acorrentam. Fortes acções em tribunal. Afrontas públicas diárias por parte dos poderosos começando pelo Primeiro-ministro [Berlusconi], contra jornais e jornalistas considerados incómodos. Uma ameaça total para quem trabalha com informação. Um ataque ao direito dos italianos e italianas de conheçer os acontecimentos importantes.
O alarme é imenso por todo o país. Não é a primeira vez que foi necessária uma mobilização contra o governo, incluso contra governos distintos do actual. Hoje em dia estamos em perigo, com ataques sem precedentes.
Os jornalistas não se deixarão amordaçar. Apelamos ao mundo do jornalismo e à sociedade civil para evitar este perigo. A informação é o pilar da democracia e o dever de informar não serve quem está no poder.
A Associação Nacional de Imprensa Italiana considera que cada ferida causada nos meios de comunicação afecta as liberdades de todos. Por esta razão a Associação Nacional de Imprensa Italiana apela a todas as forças sociais, sindicais, associativas e a todos os cidadãos sem distinção partidária que participem nesta iniciativa em Roma.
Defenderemos os princípios e valores do artigo 21 da Constituição e protegeremos o direito imprescindível de cada cidadão a uma informação livre, completa e plural. Uma informação sem qualquer tipo de mordaça.
Associação Nacional de Imprensa Italiana.
Tradução de AAA.
Estas foram as razões apontadas pela Associação Nacional de Imprensa Italiana para convocar a manifestação que teve lugar hoje em Roma. Mais de 100.000 pessoas responderam ao apelo. Um multidão de gente encheu a Piazza del Popolo, entre os quais o escritor italiano Roberto Saviano, que desde a publicação do livro Gomorra tem a cabeça a prémio pela máfia napolitana.
Berlusconi é o grande visado desta manifestação. Vejamos algumas das razões: accionou uma acção legal contra o jornal diário Republica por ter publicado artigos que denunciaram o envolvimento do Primeiro-ministro italiano com prostitutas e usos de cocaína; accionou acções legais contra o diário L'Unità pela publicação de artigos que o relacionam com prostitutas; Berlusconi é proprietário do grupo editorial Mediaset que controla os canais televisivos Rete4, Canale 5 e Italia 1. O canal público Rai acaba também por estar teoricamente sob influência do governo, porque este pode eleger os directores da Rai. Dito isto é óbvio que os riscos para a informação livre são enormes.
Ora este assunto não é alheio aos portugueses. Actualmente vivemos episódios com contornos duvidosos. Claro que em Portugal nada disto interessa a ninguém, quer dizer durante uns dias até se fala disso nas notícias e até chega a ser conversa de café. Mas a verdade é que ninguém leva a sério estes assuntos, muito menos ninguém sai para a rua massivamente como os italianos o fizeram.
Cá, cada qual sabe de si e não quer é ter muitas chatiçes.
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