Bloquistas acusam Rui Rio de «roubar» espaço público

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O cabeça de lista à Câmara do Porto pelo Bloco de Esquerda (BE), João Teixeira Lopes, apelidou o projecto de requalificação/remodelação do Pavilhão Rosa Mota / Palácio de Cristal como sendo «um negócio típico do liberalismo parasitário» e acusou Rio Rio de «roubar» espaço público.

Teixeira Lopes, acompanhado pelo líder do partido, Francisco Louçã e por outros militantes, numa tomada de posição pública sobre a parceria publico-privada, que decorreu nesta quinta-feira nos Jardins do Palácio de Cristal, teceu ainda algumas considerações sobre o projecto que não são apresentadas no documento e que por isso mesmo levantam algumas dúvidas.

A “aula do professor”

A tomada de posição foi defendida através de um discurso muito expressivo protagonizado pelo candidato à Câmara Municipal do Porto (CMP) e professor universitário, João Teixeira Lopes, que explicou aos presentes uma versão muito resumida e simplificada do projecto em causa.

A principal questão abordada pelo candidato do Bloco e motivo de forte discórdia, foi a parceria público-privada aceite pela CMP, entre a Porto Lazer e um consórcio de entidades entre as quais a Associação Empresarial de Portugal (AEP). Claramente este tipo de parcerias e o Bloco são vértices opostos que se repelem.

João Teixeira Lopes abordou ainda o polémico tema da construção do novo edifício, as denominadas Salas Anexas, que implicará a destruição do actual lago, para que parte desse terreno seja ocupado pelo referido edifício e o restante transformado num espelho de água.

Algumas meias-verdades

Durante o discurso foram ditas coisas que não correspondem exactamente aos factos conhecidos publicamente do projecto. Foi afirmado por exemplo que seria a Câmara Municipal do Porto a suportar os custos relativos à construção das salas anexas, quando no projecto de requalificação (página 9 Anexo I) é dito:

A Parceria AEP / Associação Amigos do Coliseu do Porto / Atlântico / Parque EXPO propõe-se:

(...)

c) Assumir o investimento correspondente a obra adicional caso venha a ser definida pela Parceria, aceite pela Porto Lazer e validada pelo Arquitecto do Projecto, de expansão do espaço «Salas Anexas» em cerca de 2.500 m2 e cuja valorização é de aproximadamente € 1.500.000.

Foi também afirmado várias vezes, que a nova construção que ocupará parte do actual lago, será na realidade um «restaurante de luxo». Essa é uma informação nova e muito relevante que é necessário fundamentar e clarificar.

Esse novo edifício no projecto é conhecido por Salas Anexas e creio que ainda há muito por saber em relação ao seu uso e ao negócio envolvido. Algumas dessas questões já foram expressas aqui no falascreve e no blog TAF aqui e aqui.

A intervenção de Francisco Louçã

Apesar do líder máximo do BE estar presente, foram outros os motivos que o levaram aos Jardins do Palácio. Logo após o discurso do cabeça de lista à Câmara do Porto, Louçã aproveitou para mudar o discurso para o que lhe interessava verdadeiramente: falar dos negócios público-privados do Governo, como por exemplo na área da saúde com o grupo Mello e Espírito Santo; e falar do programa de Manuela Ferreira Leite.

Cada candidato com a sua agenda.

Voltaremos a este assunto.

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AV

PS e PSD não chegam a acordo sobre debates televisivos

DR

O desacordo surge no modelo a adoptar no debate

Até ao momento não houve um consenso que permita que os líderes partidários do PS e PSD se enfrentem num debate. José Alberto Carvalho, director de Informação da RTP, afirma mesmo "já não ter esperança nenhuma em que se realizem os frente-a-frente propostos pelas três estações de televisão", de acordo com o jornal Público.

A arte de argumentar, perdida?

A classe política que reina actualmente carece, na sua grande maioria, de uma característica essencial para o combate político, para a discussão de ideias e para o consequente esclarecimento. Refiro-me à arte de argumentar, simplificando: expor uma ideia aos demais, validando-a e sustentando-a com argumentos lógicos.
A estratégia adoptada e transmitida através dos média, é a arte do ataque pessoal, da descontextualização, da desinformação e do jogo mediático.

Uma já está, faltam duas

No ano de 2009 os portugueses serão contemplados com 3 eleições: europeias, legislativas e autárquicas.
Se seguirmos o rumo das europeias onde questões importantíssimas como o Tratado de Lisboa não foram sequer seriamente discutidas, vamos ter umas legislativas infectadas pela falta de esclarecimento e pelo discurso fácil.

No entanto confio que haverá frente-a-frente entre José Sócrates e Manuela Ferreira Leite. Assim como espero que haja um debate mais alargado com os restantes partidos políticos. Os partidos estão demasiado dependentes dos média para deixar a passar a oportunidade.

Cartões de fidelidade de compras, o que está por detrás

DR

O "Big Brother " está mesmo a segui-lo

Não é preciso estar sob vigilância nem elaborar teorias da conspiração: um mero cartão de cliente pode contar mais sobre a sua vida do que imagina. Aquilo que você julga privado está cada vez mais exposto.

Tem um cartão de fidelidade do supermercado onde costuma fazer compras? Esse bocadinho de plástico que lhe pode valer descontos conta mais sobre a sua vida do que você gostaria.

O cartão está em seu nome e tem agregada a sua morada e provavelmente outros dados pessoais. Mas não é tudo: numa base de dados algures (a incerteza deste algures é relevante) estão listadas todas as compras que você fez sempre que apresentou esse cartão. Ou seja, conta até coisas que você considera privadas.

Se tem a mania da comida saudável, se enche a despensa de comida de plástico ou legumes e produtos dietéticos, se bebe álcool e que tipo de álcool (se é mais amigo das cervejinhas ou do uísque), se usa preservativos ou lubrificantes íntimos, se tem bebés ou crianças a seu cargo, se há lá em casa problemas de incontinência urinária, até mesmo se começou a praticar desporto, se vai de férias ou se fez mudanças em casa. Tudo isso pode ser inferido do seu historial de consumo apenas no supermercado. Os cartões de fidelidade existem também para lhe "tirar a fotografia" e conhecê-lo melhor. Às vezes, bem de mais.

Se está com ideias de deitar fora esse cartãozinho que lhe dava tanto jeito, pense duas vezes. Provavelmente teria que abdicar de inúmeros cartões que traz na carteira: o das Farmácias de Portugal (o seu nome e dados pessoais, mais toda a medicação que compra), os cartões bancários, do seguro de saúde, da bomba de gasolina, do clube de vídeo... Mais os cartões de muitos organismos públicos.

A protecção de dados cruza-se com a privacidade: o direito básico a termos o nosso espaço, livre de intrusão ou da necessidade de dar explicações e a decidirmos que aspectos da nossa vida ficam nesse recato e quais são públicos.

É um direito reconhecido na Declaração dos Direitos do Homem e na Constituição. Não é coisa pouca: é um pilar da dignidade humana e uma condição de liberdade. Apesar disso, é um espaço que está a estreitar-se. Uma das razões é que nos esquecemos de o proteger.

Já lhe aconteceu olhar para os seus movimentos de conta ou para a factura detalhada do telemóvel e sentir a estranheza de estar ali o relato do que foi a sua vida naqueles dias? E se forem outros a ver esse relato?

texto retirado do jornal Expresso

Espiões fora da Madeira

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No seguimento da recente divulgação da celebração de protocolos que visam introduzir agentes secretos em alguns Ministérios, Alberto João Jardim retalia.

A reacção do Presidente Governo Regional da Madeira não se fez esperar.

Através do despacho Nº 13/2009 de 25/08/2009, estão proibidos protocolos entre o Serviço de Informações da República (SIS) e o Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) com entidades regionais.

“Antes que alguém se lembrasse de usar aqueles métodos nos serviços do Governo Regional eu cortei a questão", afirmou Alberto João Jardim segundo noticia o jornal Público.

Caso para aplaudir ou desconfiar?

Eficaz ou não, os protocolos assinados no continente, têm como objectivos propostos o combate ao crime organizado dentro do Estado e ao crime financeiro.

Estará o Presidente do Governo Regional da Madeira a tentar proteger a “sua” ilha de controlo excessivo vindo do continente ou a salvaguardar situações eventualmente menos claras?

Já lá vão 31 anos no poder..

Agentes das secretas portuguesas infiltram-se no Ministério da Administração Interna, dos Negócios Estrangeiros e das Finanças

DR

Os protocolos foram assinados entre o Serviço de Informações da República (SIS) e o Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) para infiltrar agentes não identificados na Administração Pública.

Segundo o Diário de Notícias, “ o objectivo da celebração destes protocolos será promover, através desses agentes, o combate ao crime financeiro e à criminalidade organizada dentro de organismos do Estado”.

Não deixa de ser peculiar que se o objectivo anunciado é combater o crime organizado e o crime financeiro, que esta notícia surja na imprensa.

Cada vez mais vigilância

Depois da entrada em vigor da lei que obriga ao registo de todas as comunicações electrónicas efectuadas na União Europeia, incluindo Internet, chamadas de rede fixa, móvel e mensagens, que torna virtualmente impossível alguém comunicar sem que haja um registo preciso. Vamos ter também uma rede de espionagem montada nos Ministérios do Governo.

Só falta saber se vai haver um verdadeiro combate à corrupção com resultados e casos a vir a público, ou se nunca mais vamos ouvir destes agentes das secretas…

Bem à moda dos serviços secretos é quase certo que estes espiões não se vão sentar à secretária, como os restantes funcionários públicos, à espera de encontrar alguém que tente meter um envelope com dinheiro no bolso de um deles. Muita boa gente quase de certeza vai andar sob a mira, a ser perfilada e vigiada.

40 anos de Woodstock

40 anos passaram desde o mítico Woodstock. O festival realizava-se pela primeira vez e estimava receber 50.000 pessoas.

A afluência ao festival foi enorme: meio milhão de pessoas. A logística para tanta gente inesperada não aguentou: faltou água, comida e roupa seca (pelo meio houve uma tempestade).
Apesar de tudo o festival que marcou o fim da década de 60 ficou conhecido pela atmosfera de "peace and love" e marcado por grandes actuações.

Para os interessados recomenda-se vivamente o documentário "Woodstock: 3 Days of Peace and Music - The Director's Cut".

O fotógrafo Elliott Landy esteve em Woodstock com a missão de fotografar o festival.

E eu que punha as mãos no fogo por esta gente...

«O fundador e nove membros da IURD são acusados de usar dinheiro dos fiéis

O Ministério Público de São Paulo acusou o fundador, Edir Macedo, e outros nove membros de associação criminosa e de lavagem de dinheiro.»

in jornal i (22-08-2009)

É que parecia mesmo ser gente tão séria!

Passeio pelos Jardins do Palácio de Cristal do Porto

Hoje visitei os Jardins do Palácio de Cristal do Porto, partilho aqui algumas imagens.

Pavilhão Rosa Mota. AAA

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Ponte da Arrábida vista do miradouro. AAA

Pormenor do lago. AAA

O lago com explicação científica (clicar para aumentar e ler). AAA

"TERNURA". O lago nos dias que correm precisa de um pouco de ternura. AAA

Washingtonia robusta - As "sete magníficas". AAA

Vista sobre o rio Douro. AAA

«O Triunfo dos (outros) Porcos»

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Depois do assassinato de uma activista russa e do seu marido, na quarta-feira, na Tchechénia, o jornal de oposição russo onde trabalhava Anna Politkovskaia, o «Novaia Gazeta», anunciou na edição do jornal desta quinta-feira que vão deixar de enviar jornalistas para a Tchetchénia.

De acordo com agências internacionais, esta decisão prende-se com a insegurança e violência registadas nesta república russa do Cáucaso. O jornal anunciou que «seguindo os passos de um conjunto de organizações internacionais de defesa dos direitos do Homem e organizações de caridade, a 'Novaia Gazeta' decidiu suspender as actividades dos seus jornalistas de cobertura de acontecimentos na Tchechénia».

Quem diz que o crime não compensa?

Matemática meio gripada

«Portugal registou 76 casos de infecção pelo vírus da gripe A (H1N1) nas últimas 24 horas, o que eleva para 683 o número total de casos no país, anunciou hoje o Ministério da Saúde».

in Diário de Notícias (11-08-2009)

Ora isto é que são continhas bem feitas. Porque toda a gente sabe que na matemática do lucro farmacêutico só existem contas de somar. E que tal subtrair os doentes que já estão curados? É só uma ideia que aqui deixo...